domingo, 31 de julho de 2011

Jorge Costa homenageado pela federação

Aproveitando a realização em Lisboa, este fim-de-semana, dos Campeonatos de Portugal de Atletismo, a Federação Portuguesa de Atletismo (FPA) homenageou o marchador Jorge Costa, recentemente retirado da alta competição. Numa breve cerimónia junto ao pódio dos campeonatos, no Estádio Universitário de Lisboa, perto do final da primeira jornada, o presidente da FPA, Fernando Mota, fez entrega de uma salva e louvou a dedicação de Jorge Costa ao atletismo.

Desde que anunciou a retirada da alta competição, o marchador algarvio, com 50 anos, foi já alvo de diversas homenagens. Desde logo na própria Taça da Europa de Marcha, que decorreu em Olhão a 21 de Maio, onde, por iniciativa da Câmara Municipal de Olhão e aproveitando tratar-se da derradeira internacionalização de Jorge Costa, o presidente da edilidade, Francisco José Leal, agradeceu publicamente o contributo de Jorge Costa para o prestígio do concelho de Olhão.

Também a Associação de Atletismo do Algarve decidiu homenagear o atleta do Clube Oriental de Pechão levando a efeito em 8 de Junho um torneio com o seu nome.

Jorge Costa registou 18 internacionalizações entre 2000 e 2011, sempre em provas de 50 km marcha. Na homenagem deste sábado, a FPA prestou reverência também ao meio-fundista Alberto Maravilha.

João Vieira bate recorde nacional dos 10 mil metros marcha


João Vieira, novo campeão e novo recordista
nacional de 10 mil metros marcha.
Foto: O Marchador
João Vieira bateu este sábado o recorde nacional dos 10 mil metros marcha ao vencer a prova da distância dos Campeonatos de Portugal, em Lisboa, com 39.44,91 m. A marca supera o anterior máximo que durante 22 anos esteve na posse de José Urbano e se cifrava em 39.55,9 m. O resultado agora obtido pelo atleta do Sporting permitiu-lhe sagrar-se campeão nacional pela 12.ª vez, numa prova que dominou de princípio a fim, sucedendo ao irmão Sérgio, campeão em 2010.

Incapaz de corresponder ao ritmo de João Vieira, Sérgio Vieira acabou cedo por ficar isolado no segundo lugar, sem oposição dos restantes participantes, mas viria a ser desclassificado nos quilómetros finais, deixando o segundo lugar do pódio à mercê do benfiquista Pedro Isidro, que registava um novo recorde pessoal de 42.30,48 m (antes, 42.39,43, de 2010). Dionísio Ventura (FAMA-Ferreira do Alentejo) garantiu o terceiro posto, com 46.14,78 m, fechando uma época pouco faustosa com chave de... bronze.

Ao mesmo tempo decorria a prova feminina, também de 10 mil metros,  cuja fase inicial se caracterizou pela formação de um quarteto envolvendo as quatro atletas mais credenciadas: Inês Henriques (CN Rio Maior), Susana Feitor (individual), Vera Santos (Sporting CP) e Ana Cabecinha (CO Pechão). As duas primeiras isolaram-se ainda no primeiro quarto de prova, com vantagem para Inês (43.59,08), a saber gerir até final um avanço de poucas dezenas de metros sobre Susana Feitor (44.13,33), que aos 36 anos garantiu mais um pódio num campeonato nacional e deu mostras de manter um alto nível de desempenho competitivo. Para Inês tratou-se do terceiro título absoluto de Verão.

Vera Santos retirou-se da prova ainda na primeira metade, ficando logo nesse momento definida a composição do pódio, que juntou Ana Cabecinha (CO Pechão, 45.55,90) às duas primeiras.

Apesar de afastada há alguns anos do mais alto nível que atingiu ao longo da carreira, Sofia Avoila (AD Samouquense) permanece num patamar regular e terminou à porta do pódio e à beira de baixar os 50 minutos, creditada com 50.03,63 m.

Por curiosidade assinale-se o facto pouco vulgar de a terceira atleta feminina ter obtido melhor marca do que o terceiro masculino.

Nota ainda para a ausência de quase metade dos inscritos no conjunto das duas provas de marcha destes campeonatos, no que pode ser entendido como desinteresse por aquele que deveria ser aguardado como o ponto mais alto do calendário nacional de atletismo. Dos 27 marchadores inscritos com mínimos, apenas 14 compareceram nas duas linhas de partida do Estádio Universitário de Lisboa, registando-se 13 ausências, nove das quais relativas a atletas internacionais, de pouca atenuante servindo a constatação de que o panorama nas restantes provas do programa é pouco mais animador (se não for mesmo pior).

Classificações
10.000 m marcha masculinos
1.º, João Vieira (Sporting CP), 39.44,91
2.º, Pedro Isidro (SL Benfica), 42.30,48
3.º, Dionísio Ventura (FAMA-Ferreira do Alentejo), 46.14,78
4.º, Nuno Santos (CF Belenenses), 48.01,25
5.º, Pedro Santos (CP Corroios), 49.19,89
6.º, Ivo Ferreira (FPD Deficientes), 49.40,71

10.000 m marcha femininos
1.ª, Inês Henriques (CN Rio Maior), 43.59,08
2.ª, Susana Feitor (individual), 44.13,33
3.ª, Ana Cabecinha (CO Pechão), 45.55,90
4.ª, Sofia Avoila (AD Samouquense), 50.03,63
5.ª, Andreia Freitas (CS Marítimo), 55.30,38
6.ª, Anabela Moreira (CD Quarteira), 56.11,63

sábado, 30 de julho de 2011

Aniversário de Sofia Avoila em dia de Campeonatos de Portugal

Sofia Avoila com a filha, Marina, após o Grande Prémio
de Natal de Dezembro de 2010, em Lisboa. Foto: O Marchador
Sofia Avoila tinha acabado de entrar no escalão de iniciados quando experimentou a marcha. Corria o ano de 1990 e rapidamente passou a ser uma das companheiras das gémeas Isilda e Lígia Gonçalves, no Montijo. Com o passar do tempo veio a natural evolução, que lhe permitiu em 1992, no primeiro ano de juvenil, alcançar os mínimos para os Campeonatos Mundiais de Juniores, realizados em Seul.

Três anos depois, em 1995, viria a obter o sucesso mais significativo da sua carreira, ao conquistar o título europeu de juniores dos 5.000 metros marcha na Hungria. Foi a 27 de Julho e com esse resultado prolongava por mais um ano a preponderância internacional das marchadoras portuguesas no escalão júnior iniciada em 1990 com a vitória de Susana Feitor nos mundiais de Plovdiv.

Treinada desde (quase) sempre por Francisco Mariano, Sofia Avoila registou um total de 19 internacionalizações, de 1992 a 2003 sendo a de maior relevância a ocorrida em 2001, com a presença nos mundiais de Edmonton, no Canadá.

Durante esse período representou apenas dois clubes: o C.D. Montijo e o Sporting C.P., que deixou em 2010 para ingressar na A.D. Samouquense, seu clube actual.

A última internacionalização foi registada em 2003, nos Jogos Mundiais Universitários de Daegu, no mesmo país (Coreia do Sul) onde onze anos antes se estreara com a camisola da selecção nacional, nos mundiais de juniores de Seul.

Em dia de Campeonatos de Portugal, Sofia Avoila completa hoje 35 anos, aniversário pelo qual a equipa de «O Marchador» lhe envia os parabéns.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Campeonatos de Portugal este fim-de-semana, em Lisboa

Paula Gracioso.
Foto: arquivo O Marchador
A Federação Portuguesa de Atletismo vai realizar mais uma edição dos Campeonatos de Portugal com as atenções centradas, especialmente, nos atletas que representarão o nosso país nos Mundiais de Daegu (cuja presença tem carácter obrigatório), a realizarem-se aproximadamente daqui a um mês.

O evento terá lugar em Lisboa, no Estádio Universitário com o início das provas de marcha, na distância de 10.000 metros, agendado para as 19.55 horas de sábado, com as pistas 1 a 4 reservadas para os homens e as pistas 5 a 8 para as senhoras.

Para a prova masculina estão 17 atletas inscritos (mínimos de 49.00 minutos) e para a prova feminina 11 inscritas (mínimos de 58.00 minutos). Haverá, pelo menos, três atletas na prova masculina e uma na feminina que não participarão.

Verifica-se, pela lista de inscrições divulgada pela FPA, que o atleta Ivo Ferreira (FPDD) tem 51.36,21 como sua melhor marca, obtida em 16 deste mês, no Luso, o que está bem para além do mínimo exigido pela estrutura federativa e por conseguinte, não constituindo mero lapso, entende-se, então que pelo menos iguais oportunidades deveriam merecer outros atletas nas mesmas circunstâncias.

Os candidatos à vitória serão, naturalmente, os atletas com presença garantida em Daegu, Ana Cabecinha (a campeã em título), Inês Henriques e Susana Feitor, e também Vera Santos, e João Vieira que terá no seu irmão gémeo Sérgio (campeão em título), um forte opositor.

São recordistas nacionais, Ana Cabecinha (CO Pechão), com 43.08,17, tempo obtido nos Campeonatos de Portugal realizados no Seixal, em 2008, e José Urbano (SL Benfica), com 39.55,9, marca alcançada na Maia, em 1989.

A equipa de juízes de marcha será constituída por José Dias (juiz-chefe), Joaquim Graça e Ana Toureiro, todos internacionais, José Ganso, Eduardo Gonçalves e Vasco Guedes.

Na foto, a primeira campeã nacional, Paula Gracioso (CCD Olivais Sul) que venceu a edição inaugural de 1981 e ainda as edições de 1982, 1983, 1984 e 1985.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Veale marchou 3.000 metros em tempo recorde

Kate Veale, ao centro,
com Marie Costello e Sarah Bourke.
Foto: Federação da Irlanda
A grande revelação do atletismo irlandês dá pelo nome de Kate Veale, atleta ainda juvenil, nascida a 5 de Janeiro de 1994, e treinada por Jamie Costin, também um marchador com presenças em competições internacionais desde 2000.

O reconhecimento internacional da jovem atleta deu-se após a surpreendente medalha de bronze conquistada na Taça da Europa de Marcha realizada no mês de Maio, em Olhão, feito que além do mais constituiu um novo recorde nacional de juniores nos 10 km marcha, no tempo de 46.32.

Há apenas três semanas em Lille, Kate sagrou-se campeã mundial de juvenis, vencendo categoricamente os 5.000 metros marcha, no espectacular tempo de 21.45,59, à frente de cotadas especialistas russas e chinesas e ainda da italiana Clemente, a vencedora dos Jogos Olímpicos da Juventude.

No último fim de semana, nos campeonatos irlandeses para as categorias jovens, englobando atletas de idades entre os 14 e os 18 anos, Kate Veale foi a grande figura da jornada ao obter o seu primeiro (porque espera-se seja apenas um de vários!) recorde absoluto de 3.000 metros marcha e naturalmente, de juvenis, juniores e sub-23, no muito bom registo, para a idade, de 12.18,86 minutos.

3000 m marcha sub 18 - femininos:
1.ª, Kate Veale (West Waterford A.C.), 12.18.86
2.ª, Marie Costello (Borrisokane A.C.), 16.21.24
3.ª, Sarah Bourke (St. Coca's A.C.), 17.51.65
4.ª, Claudia Loughnane (Marian A.C.), 18.05.41
5.ª, Orla Butler (St. Senans A.C.), 18.18.81

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Joanna Bemowska e Lukasz Kostka vencem Olimpíadas da Juventude da Polónia

Joanna Bemowska.
Foto: Piotr Mieszkowski.
As XVII Olimpíadas da Juventude da Polónia, evento destinado a atletas de 15 e 16 anos de idade, realizaram-se no último fim-de-semana, na pista do Estádio Municipal de Plock.

Plock que foi capital da Polónia entre 1079 e 1138, é uma das cidades mais antigas do país, com cerca de 126.000 habitantes, situando-se a noroeste de Varsóvia.

Em baixo, a indicação dos oito primeiros em cada uma das provas de marcha.

5.000 metros femininos (22 Julho)
1.ª, Joanna Bemowska, 25.16,88
2.ª, Natalia Wlazlo, 25.28,35
3.ª, Sylwia Rembowicz, 25.31,63
4.ª, Barbara Kantorowska, 25.58,44
5.ª, Marlena Chojecka, 26.00,53
6.ª, Malgorzata Fuchis, 26.13,85
7.ª, Emilia Kopeae, 26.33,48
8.ª, Magdalena Lupa, 26.39,42
21 participantes

10.000 metros masculinos (24 Julho)
1.º, Lukasz Kostka, 45.51,67
2.º, Tomasz Dmowski, 48.13,09
3.º, Szymon Zielinski, 48.23,35
4.º, Jan Rygal, 49.06,01
5.º, Radoslaw Grabarek, 50.22,45
6.º, Robert Werner, 50.58,45
7.º, Adrian Matuszewski, 52.00,21
8.º, Jacek Kulza, 52.20,85
20 participantes

terça-feira, 26 de julho de 2011

Equador celebra 15 anos da vitória olímpica de Jefferson Pérez

Estátua dedicada a Jefferson Pérez, em Cuenca,
sua terra natal. Foto: Viajero del Norte
O Equador amanheceu em festa no dia 26 de Julho de 1996. Quatro mil quilómetros mais a norte, na cidade de Atlanta (EUA), Jefferson Pérez acabava de vencer os 20 km marcha nos Jogos Olímpicos do Centenário. Era a primeira vez que um atleta equatoriano conquistava o mais ambicionado prémio que um desportista pode almejar – a medalha de ouro olímpica.

No final de uma prova empolgante, aquele jovem de 22 anos natural de Cuenca tinha conseguido impor-se aos principais favoritos e venceu com 1.20.07 h, diante do russo Ilya Markov e do mexicano Bernardo Segura, que o acompanharam no pódio. Antes deste feito de Pérez, o melhor que o Equador tinha conseguido em Jogos Olímpicos fora o 4.º lugar do nadador Jorge Delgado nos 200 metros mariposa dos Jogos de 1972, em Munique.

Consta que na véspera da prova, o irmão de Jefferson, Fausto Pérez, quis comprar por dez dólares uma réplica das medalhas outorgadas aos vencedores das diferentes competições dos Jogos. Mas Jefferson disse-lhe que não o fizesse, porque no dia seguinte iria levar uma verdadeira para casa. E assim aconteceu mesmo, para satisfação da família Pérez Quezada e de todo o povo do Equador, cujo Governo proclamou o 26 de Julho de cada ano como Dia Nacional do Desporto.

O problema depois foi encontrar uma bandeira do Equador e descobrir uma gravação do hino para a realização da cerimónia protocolar. Jefferson Pérez tinha chegado à capital da Jórgia como mais um participante nos Jogos Olímpicos, sem que ninguém o encarasse como favorito para a prova em que iria alinhar. O sabor de uma vitória alcançada em tais condições só podia ser o mais doce.

Nas duas edições seguintes dos Jogos, tanto em Sydney (2000) como em Atenas (2004), Pérez teve de contentar-se com o quarto lugar, mas voltaria ao pódio olímpico em 2008, quando em Pequim perdeu apenas para o russo Valeriy Borchin, conquistando a medalha de prata.

Para trás estava uma carreira de marchador internacional marcada por outros sucessos que só podiam prenunciar o que o futuro viria confirmar. Em 1992 sagrou-se campeão mundial de juniores em Seul (10 mil metros marcha), dois anos depois de ter ganho a medalha de bronze nos mundiais do escalão em Plovdiv (Bulgária). Já entre os mais velhos, sempre em 20 km e considerando apenas as grandes competições mundiais, venceria nos campeonatos do mundo de 2003 (Paris), 2005 (Helsínquia) e 2007 (Ósaca) e ainda nas Taças do Mundo de Marcha de 1997 (Podebrady), 2002 (Turim) e 2004 (Naumburg).

Na capital francesa, competindo no traçado definido na cidade operária de Saint-Denis, nos subúrbios de Paris, o resultado final de 1.17.21 h permitiou a Jefferson Pérez não apenas a medalha de ouro do mundial mas o estabelecimento de novo recorde do mundo dos 20 km marcha. De uma penada, Pérez tornava-se o primeiro sul-americano campeão do mundo e o primeiro atleta do continente a deter um máximo mundial depois do recorde estabelecido em 1975 no triplo salto pelo brasileiro João Carlos de Oliveira, o «João do Pulo», com 17,89 m.

Jefferson Pérez abandonou a marcha de alta competição em Setembro de 2008. O seu sucesso foi a faísca que impulsionou o desporto equatoriano ao longo dos últimos anos, tanto através do surgimento de novos marchadores de qualidade como também pelos resultados alcançados noutras especialidades, desde o atletismo (vitórias equatorianas em campeonatos pan-americanos) ao futebol (apuramento inédito para os mundiais de Coreia/Japão-2002 e Alemanha-2006).

Perto de concluir um curso superior em Marketing Desportivo numa universidade espanhola depois de ter estudado Gestão de Empresas no seu país, Jefferson dedica-se actualmente à vida empresarial através da sua firma JP Sport Marketing e também à fundação que criou para apoiar os estudos de 1200 crianças carenciadas do seu país. E foi precisamente para as crianças do Equador que a jornalista Sandra López escreveu «Nardo y los Zapatitos de Oro», um livro que conta a história do desportista Jefferson Leonardo Pérez Quezada.

A cidade natal de Jefferson Pérez tem erigida no Parque das Mães uma estátua de bronze em homenagem ao mais ilustre filho da terra (na foto), que com o dorsal 1326 triunfou nos Jogos Olímpicos, faz hoje 15 anos. No pedestal pode ler-se: «A Jefferson Pérez Quezada, o maior e mais célebre desportista equatoriano de todos os tempos. Campeão olímpico em 1996 e histórico embaixador do país nos confins do mundo. Testemunho de gratidão de todo o povo. Cuenca, Julho de 2006».

Por cima, em epígrafe, ficou escrito: «La gloria no tiene sombra.»

Francisco Duran e Lorena Luaces, campeões da Galiza

Francisco Duran e Lorena Luaces.
Fotos: facebook e página web dos próprios.
Os Campeonatos da Galiza, realizados sábado, na pista de atletismo de Ferrol, incluíram no respectivo programa provas de marcha nas distâncias de 10.000 metros masculinos e de 5.000 metros femininos.

Nos homens, o triunfo foi para o júnior Francisco Dúran no tempo de 45.46,62, melhor registo agora que o verificado nos Campeonatos de Espanha de Juniores onde foi 3.º classificado.

A prova das senhoras teve como vencedora Lorena Luaces (23.25,57), uma das melhores especialistas espanholas da actualidade, pois sob orientação de José Antonio Quintana, do CAR de Madrid, já realizou nos 20 km marcha o tempo de 1.32.42.

Facto ainda a merecer destaque para os nossos vizinhos da Galiza foi a obtenção do recorde galego de juvenis por Mar Chillón no tempo de 25.31,26.

Resultados dos cinco primeiros:

10.000 metros marcha masculinos:
1.º, Francisco Duran Acuña (1993), 45.46,62;
2.º, Manuel Júlio Hernandez (1972), 46.46,91;
3.º, Fábio Pereira Alvarez (1993), 49.52,45;
4.º, Daniel Chamosa Dacasa (1997), 51.39,85;
5.º, Pere Tobaruela Martinez (1965), 53.51,63.

5.000 metros marcha femininos:
1.ª, Lorena Luaces Barril (1984), 23.25,57;
2.ª, Eva Maria Iglesias (1985), 23.39,64;
3.ª, Rocio Carbia Lojo (1993), 25.13,05;
4.ª, Mar Chillon Caamaño (1996), 25.31,26;
5.ª, Marisol Diz Perez (1995), 26.20,01.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Quennehen e Rakotondrafara, campeões de França de sub-23

Vony Rakotondrafara, Mael Boulch e Marine Quennehen.
Fotos: Emmanuel Tardi
São nomes difíceis de pronunciar e invulgares mesmo para os franceses, mas correspondem aos novos campeões de França de 20 km marcha no escalão de sub-23. Marine Quennehen representa o CA Montreuil e impôs-se no sector feminino, com 1.48.23 h, para partilhar o pódio com as únicas adversárias que terminaram com menos de duas horas. Já Vony Rakotondrafara, do Stade Sottevillais, registou 1.33.36 h, superando Mael Boulch, Gaspard Six e demais concorrência.

Os campeonatos tiveram lugar este fim-de-semana em Compiègne e juntaram muitas dezenas de concorrentes, divididos por classificações de sub-23 e de campeonatos nacionais (neste caso, referente a uma espécie de  segundas categorias, já que a elite terá campeonatos próprios no próximos dias 28 a 30 de Julho).

Marine Quennehen afirmou no final que o título servia sobretudo como reconforto para o facto de não ter sido seleccionada para os europeus de sub-23, apesar de ter feito mínimos. recorde-se que para fazer parte da equipa francesa para aquela competição continental era necessário estar num dos 16 primeiros lugares das listas europeias do escalão e da prova em causa. Quanto à marca, admitiu não ser muito expressiva mas justificou-se com a necessidade de contenção, dado estar a poucos dias de participar nos campeonatos de elite, em Albi.

Vony Rakotondrafara, que bateu o recorde pessoal nesta prova, não tinha sido o primeiro na meta, mas acabou por ver o título ser-lhe atribuído após a desclassificação de Anthony Oudin.

Classificações:
20 km femininos
1.ª, Marine Quennehen, 1.48.23
2.ª, Agnès Robert, 1.53.22
3.ª, Lucie Barritault, 1.55.26
4.ª, Marie Budesseule, 2.00.53
5.ª, Marine Letertre, 2.01.52
6.ª, Cecile Boinot, 2.04.56
7.ª, Corinne Duquesne, 2.06.25
8.ª, Marine Florindi, 2.07.30
9.ª, Julie Lepicier, 2.12.58
10.ª, Elise Chobriat, 2.18.39
11.ª, Celine Le Bescont, 2.25.14


20 km masculinos
1.º, Vony Rakotondrafara, 1.33.36
2.º, Mael Boulch, 1.34.26
3.º, Gaspard Six, 1.36.39
4.º, Dorian Richard, 1.38.49
5.º, Thomas Dumaire, 1.43.27
6.º, Maxime Faiteau, 1.43.34
7.º, Maxime Cottevieille, 1.46.33
8.º, Nicolas Potier, 1.48.23
9.º, Mathieu Beurion, 1.48.24
10.º, Andy Boutrais, 1.54.36
11.º, Steeve Cois, 2.12.18

Colombianos Eider Arevalo e Lorena Arenas vencem nos Pan-americanos de Juniores

Sandra Lorena Arenas (Colômbia).
Foto: Municipio de Bello.
Sandra Lorena Arenas venceu a prova feminina de 10.000 metros dos campeonatos pan-americanos de juniores, que teve lugar no Complexo Desportivo de Ansin, em Miramar, na Florida.

Na competição, realizada no sábado, 23 de Julho, Sandra Lorena estabeleceu um novo recorde dos Campeonatos, com o tempo de 48.15,78, e também recorde pessoal da atleta. A anterior melhor marca estava na posse da guatemalteca Jamy Franco, com 49.36,25, tempo estabelecido na edição de 2005.

Na prova masculina que teve lugar no domingo (24), Eider Arevalo confirmou o favoritismo que lhe era apontado vencendo o campeão sénior dos EUA, Trevor Barron, com uma vantagem de 10 segundos graças a uma melhor velocidade na ponta final da prova.

Resultados:

10.000 metros marcha juniores femininos
1.ª, Lorena Arenas (Colômbia), 48.15,78;
2.º, Maqlay Bonilla (Equador), 49.27,9;

10.000 metros marcha juniores masculinos
1.º, Eider Arevalo (Colômbia), 41.29,81;
2.º, Trevor Barron (EUA), 41.39,16;
3.º, Leonardo Montana (Colômbia), 42.00,88;
4.º, Ever Palma Olivares Jr. (México), 42.03,47;
5.º, Tyler Sorensen (EUA), 44.38,17.
Desclassificado: Benjamin Thorne (Canadá)

domingo, 24 de julho de 2011

Alex Schwazer faz 38.50,28 nos 10.000 m marcha, em teste para os Mundiais

Alex Schwazer.
Foto: Federico Modica.
O campeão olímpico de Pequim de 50 km marcha participou no meeting de atletismo “Cidade de Pergine”, na província de Trento, em Itália, realizado em 23 de Julho, vencendo os 10.000 metros marcha do programa de competições com uma vantagem de cerca de 5 minutos sobre Diego Cafagna.

No entanto, o facto mais positivo nesta sua participação, a ritmos mais intensos, foi o de o próprio verificar que está no bom caminho com vista à presença nos Mundiais de Daegu.

Alex, recorde-se, sofreu há meses um duro contratempo quando se lesionou ao praticar esqui, limitando-lhe a preparação para os 50 km e anulando, inclusivé, a presença em Dublin onde, em condições normais, asseguraria os mínimos nesta distância.

O seu treinador, Michele Didoni, tem sido peça importante na recuperação, física e psicológica de Schwazer e ambos acreditam agora num bom resultado em Daegu, nos 20 km marcha.

Seguem-se algumas semanas de treino intenso, perto da sua residência, e depois, antes da viagem para Daegu, permanecerá uns dias em Bolonha onde encontrará condições climatéricas idênticas às que se verificarão na cidade sul coreana.

10.000 metros marcha (pista):
1.º, Alex Schwazer (1984), 38.50,28;
2.º, Diego Cafagna (1975), 43.18,45;
3.º, Tommaso Romagnoli (1991), 46.59,63;
4.º, Andrea Previtali (1991), 49.34,66.
6 Desclassificados.

sábado, 23 de julho de 2011

Hagen Pohle é o novo campeão europeu de 10.000 metros marcha

Hagen Pohle (Alemanha).
Imagens: Associação Europeia de Atletismo
O jovem atleta alemão Hagen Pohle venceu esta manhã a prova de 10.000 marcha dos campeonatos europeus de juniores que decorrem em Tallinn, capital da Estónia, obtendo o excelente tempo de 40.43,73, apesar da elevada temperatura que se fez sentir. Recorde-se que a última vitória masculina de um atleta alemão em europeus de juniores fora conseguida em 1995 por Andreas Erm.

Pohle, que em 21 de Maio foi medalha de prata nos 10 km para juniores na Taça da Europa de Marcha realizada em Olhão, distanciou-se da concorrência nos últimos três quilómetros, realizando parciais finais de 4.08, 4.06 e 4.08 m e terminando com uma confortável vantagem de 26 segundos sobre o seu mais directo perseguidor.

Após a competição, o consistente atleta alemão que tem no seu curriculum o título mundial de juvenis, conseguido em Brixen/Bressanone, em 2009, afirmou que a prova fora muito rápida desde o início, tendo sido factor decisivo para a sua vitória o aumento de ritmo que implementou a 12-13 voltas do final. Queixou-se ainda do tempo abafado mas, referiu ainda, procurou essencialmente concentrar-se na competição e beber muita água.

O ucraniano Ihor Lyashchenko, sobre quem recaíam inicialmente maiores doses de favoritismo pois vencera este ano a prova do seu escalão na Taça da Europa de Marcha de Olhão, foi segundo, obtendo, mesmo assim, a sua melhor marca da época, em 41.10,43.

Excelente, também, a prestação do espanhol Luís Alberto Amezcua, alcançando a medalha de bronze com o tempo de 41.34,13, recorde pessoal. Representando a Juventud Atlética Guadix, da vizinha Andaluzia, Amezcua é treinado por Jacinto Garzón, que está a realizar, de facto, um belo trabalho junto dos mais jovens, com muito bons resultados.

A Rússia, desta vez, não seguiu a tendência generalizada de hegemonia dos seus atletas em campeonatos europeus e mundiais, pelo menos, no sector mais jovem. Alcançando títulos consecutivos, no sector masculino, desde os europeus de 2001, agora os russos tiveram de contentar-se com os 6.º e 8.º lugares.

Classificação:
1.º, Hagen Pohle (Alemanha), 40.43,73
2.º, Ihor Lyashchenko (Ucrânia), 41.10,43
3.º, Luís Alberto Amezcua (Espanha), 41.34,13
4.º, Oleksandr Verbytskyi (Ucrânia), 42.09,77
5.º, Massimo Stano (Itália), 43.24,52
6.º, Aleksandr Ivanov (Rússia), 43.29,51
7.º, Leonardo Dei Tos (Itália), 43.50,31
8.º, Dementy Cheparev (Rússia), 43.56,34
9.º, Marius Savelskis (Lituânia), 43.58,80
10.º, Edgars Gjacs (Letónia), 44.29,83
11.º, Patrik Spevak (Eslováquia), 44.40,28
12.º, Dimitri Malosse (França), 44.50,74
13.º, Yauheni Zaleski (Bielorrússia), 44.50,81
14.º, Valters Gerins (Letónia), 44.58,77
15.º, Juan Antonio Raya (Espanha), 45.14,36
16.º, Aleksi Ojala (Finlândia), 45.22,62
17.º, Marcel Faber (Eslováquia), 46.28,16

Desistiram: Filippo Girardi (Itália) e Anders Hansson (Suécia)
Desclassificados: Evgeniy Nushtaev (Rússia) e Peter Tichý (Eslováquia)

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Fredrik Svensson vence 30.000 metros pista em Växjö

A cerimónia de premiação dos 30.000 metros.
A terceira edição do certame de marcha de Växjö, Suécia, realizada em 16 de Julho, contou no programa com provas integralmente disputadas em pista, nas distâncias de 30.000 e 10.000 metros.

O sueco Fredrik Svensson venceu a distância maior com a marca de 2.28.51,0, apenas 5,3 segundos melhor que o segundo classificado, o seu compatriota Christer Svensson (2.28.56,3, recorde pessoal). O pódio ficou completo com o espanhol Miguel Ángel Blanco (2.42.34,5), que igualmente obteve o seu melhor registo pessoal, ao ocupar o 3.º lugar.

Fredrik, nascido em 1973, é um marchador talhado especialmente para os 50 km, distância em que detém um recorde pessoal de 3.53.46, obtido em Dublin em 2004, tendo vários registos abaixo da barreira das 4 horas entre os anos de 2001 e 2006.

Uma referência para o facto de até aos 17.000 metros de prova o comandante ter sido Andreas Gustafsson, que viria a desistir por cãibras quando seguia em bom ritmo, com uma passagem aos 15.000 metros em 1.06.04 (4.24 min/km). Andreas, piloto de aviação, é filho do bem conhecido Bo Gustafsson, medalha de prata nos 50 km dos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 1984.

Já nos 10.000 metros, José Manuel Rodríguez (M35), de Espanha, foi o primeiro a cortar a meta, com 50.44,0, seguido dos suecos Sven Blomkvist (M55, 56.50,0) e Peter Sjöholm (M46, 1.01.42,0).

Colaboração: Birger Fält e Miguel Ángel Blanco

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Florida receberá os 16.ºs Campeonatos Pan-americanos de Juniores

De 22 a 24 do corrente mês, Miramar, cidade do estado da Florida, EUA, será palco da décima-sexta edição dos campeonatos pan-americanos de juniores, com a participação de atletas de idades compreendidas entre os 16 e os 19 anos.

A Florida é conhecida pelo clima tropical que se faz sentir na região, praticamente durante o ano inteiro, e pelas belas praias que são atracção, em tempo de férias, de milhares de turistas das regiões do norte do país.

A primeira edição dos campeonatos teve lugar em 1980 na cidade canadiana de Sudbury, e de aí para cá o certame vem tendo lugar de dois em dois anos.

O programa competitivo prevê para as 7.30 do dia 23 (sábado) a realização dos 10.000 metros marcha femininos e para o dia 24 (domingo), em igual horário, a disputa dos 10.000 metros marcha masculinos.

Da lista conhecida dos juízes de marcha estão Carlos Barrios (Guatemala) que acumulará ainda o cargo de Oficial Técnico Internacional, Nilton César Ferst (Brasil), Ricardo Servin (México) e Michael Roth (EUA).

O delegado da organização é Francis Amadeo (Porto Rico), membro do Conselho da AIFA, e o delegado técnico é Marcos Oveido (Venezuela), vice-presidente da Associação Ibero-americana de Atletismo.

Elena Lashmanova bate recorde mundial nos europeus de juniores

Elena Lashmanova, quando da vitória em Olhão.
Foto: Manuel Teijeiro
A atleta russa Elena Lashmanova estabeleceu esta manhã um novo máximo mundial feminino de juniores dos 10 mil metros marcha, ao vencer a prova dessa distância nos mundiais da categoria, em Tallinn (Estónia) com 42.59,48 m. A marca supera o anterior recorde mundial e europeu que estava cifrado em 43.11,34 m e pertencia à também russa Vera Sokolova desde a sua vitória nos europeus de juniores de 2005, em Kaunas (Lituânia).

Lashmanova, que em 21 de Maio venceu os 10 km para juniores femininos na Taça da Europa de Marcha realizada em Olhão, teve sempre a prova dominada, ainda que nos primeiros três quilómetros o andamento tenha sido imposto pela compatriota Svetlana Vasilyeva, com quem se destacou do pelotão na segunda das 25 voltas à pista. Com passagens quilométricas iniciais de 4.28, 4.21 e 4.19 m, as duas abriram um fosso para a concorrência que deixava claro não pretenderem dar oportunidade a que qualquer outra atleta se intrometesse na luta pelos dois primeiros lugares.

A posição relativa das duas definiu-se por volta dos 3500 metros, quando Lashmanova passou determinada para a frente e começou a ganhar vantagem crescente sobre Vasilyeva. Com meia prova cumprida em 21.35 m, Elena Lashmanova beneficiava já de um avanço de quase 50 metros sobre Svetlana Vasilyeva e deixava evidente o propósito de ataque ao recorde mundial.

Ao mesmo tempo, Anna Ermina destacava-se da alemã Charlyne Czychy na luta pela medalha de bronze, começando a desenhar-se um pódio inteiramente russo. A alemã ainda reagiria, apossando-se de novo do terceiro lugar mas acabaria desclassificada a menos de 20 metros da meta.

Marchando no limite da resistência pessoal e da regularidade técnica, Lashmanova cumpriu a segunda légua da prova com parciais quilométricos entre 4.15 e 4.22 m,  acabando por «dobrar» todas as concorrentes, para terminar com a primeira marca oficial de uma marchadora júnior abaixo dos 43 minutos.

Orientada pelo consagrado treinador de marcha Viktor Chagin, Elena Lashmanova faz parte do grupo de altetas do centro de treino de marchadores de Saransk, ao mesmo tempo que desenvolve estudos universitários em Biologia. O título europeu de juniores vem agora juntar-se aos títulos mundiais de juvenis e de juniores alcançados pela atleta em 2009 (Grossetto) e 2010 (Moncton), respectivamente.

Após a competição, a nova recordista mundial afirmou-se surpreendida pelo resultado e queixou-se da dificuldade de competir nas condições atmosférias verificadas esta manhã em Tallinn, com 24 graus de temperatura e 78 por cento de humidade no final da prova.

Possivelmente as mesmas condições que levaram a portuguesa Sandra Monteiro a não ir além do 19.º lugar, com 53.35,55 m, depois de na primeira metade de prova ter andado de forma consistente pelo 16.º lugar, com tempos de passagem que apontavam para uma marca final à volta do recorde pessoal (50.17,40). Em todo o caso, um desempenho bem mais positivo do que o registado na primeira internacionalização, em Maio passado, quando da Taça da Europa de Olhão, onde foi 28.ª, com mais de 56 minutos.

Classificação
1.ª, Elena Lashmanova (Rússia), 42.59,48
2.ª Svetlana Vasilyeva (Rússia), 44.52,98
3.ª, Anna Ermina (Rússia), 46.49,00
4.ª, Eliska Drahotová (Rep. Checa), 49.14,95
5.ª, Katarina Strmenova (Eslováquia), 49.22,01
6.ª, Inés Pastorino (França), 49.24,54
7.ª, Liudmyla Olyanovska (Ucrânia), 49,45,32
8.ª, Diana Kacanova (Lituânia), 49.50,07
9.ª, Federica Curiazzi (Itália), 50.19,49
10.ª, Maeve Curley (Irlanda), 51.22,84
11.ª, Amandine Marcou (França), 51.32,91
12.ª, Natalia Plominska (Polónia), 51.43,33
13.ª, Anezka Drahotová (Rep. Checa), 51.56,84
14.ª, Sara Loparco (Itália), 52.04,93
15.ª, Emma Prendiville (Irlanda), 53.05,73
16.ª, Barbara Kovács (Hungria), 53.08,20
17.ª, Agne Klebauskaite (Lituânia), 53.16,94
18.ª, María Larios (Espanha), 53.29,01
19.ª, Sandra Monteiro (Portugal), 53.35,55
20.ª, Karolina Svedaite (Lituânia), 53.49,67
21.ª, Carmela Puca (Itália), 54.32,24
22.ª, Tugce Gunes (Turquia), 55.21,80
Desistiu: Paula Martínez (Espanha)
Desclassificada: Charlyne Czychy (Alemanha)

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Campeonatos do Quénia apuraram marchadores para Daegu

Grace Wanjiru, campeã do Quénia e de África,
vai a Daegu estrear-se em mundiais de atletismo.
Foto: AP
Os Campeonatos do Quénia de Atletismo, realizados em Nairobi de 14 a 16 de Julho, determinaram a revalidação dos títulos dos campeões de marcha de 2010. Nos 20 km masculinos, o eterno jovem David Kimutai Rotich, de 42 anos, venceu com 1.18.20 h, marca que constitui novo recorde queniano da distância. No sector feminino, a vitória sorriu a Grace Wanjiru, com 1.28.15 h, impondo um corte de mais de seis minutos no seu próprio recorde africano (1.34.19), estabelecido há um ano nos campeonatos de África realizados naquele mesmo percurso da capital queniana (na foto).

Os dois campeões nacionais conquistaram, assim, lugar na selecção do Quénia para os mundiais de atletismo de Daegu. David Rotich fá-lo pela quarta vez, enquanto Grace Wanjiru obteve o mesmo passaporte pela primeira vez, depois de em 2009 ter falhado os mínimos para os mundiais de Berlim por apenas dois segundos.

Na Coreia do Sul terão a companhia de Josephat Sirma (20 km masculinos) e Emily Ngii (20 km femininos), segundos classificados nestes campeonatos nacionais.

Naturalmente, o nível das marcas é agora posto em causa pelos comentadores internacionais, que desconfiam ter havido má medição do circuito. Essa poderá ser a explicação mais plausível para marcas abaixo de uma hora e 19 nos masculinos e abaixo de hora e meia nos femininos em campeonatos de um país sem tradições na disciplina. O estatístico alemão Winfried Kramer chama a atenção para a probabilidade de o circuito ter sido exactamente igual ao do dos campeonatos africanos de há um ano, o qual que já tinham sido considerado mal medido.

Classificações
20km masculinos:
1.º, David Kimutai Rotich, 1.18.20
2.º, Josephat Sirma, 1.21.50
3.º, Julius Sawe, 1.22.57

20 km femininos:
1.ª, Grace Wanjiru, 1.28.15
2.ª, Emily Wamucii Ngii, 1.31.54
3.ª, Grace Thoithi, 1.34.35

Marchadoras russas são favoritas em Tallinn

Alti, Citi e Forti: os europeus da olímpica Tallinn têm três
mascotes também muito olímpicas, pelo menos nos nomes
Como vem sendo hábito, as atletas russas são as naturais favoritas para os 10 mil metros marcha femininos dos Campeonatos Europeus Atletismo de Tallinn, prova que tem lugar esta quinta-feira na capital estoniana. Elena Lashmanova, Svetlana Vasilyeva e Anna Ermina apresentam-se creditadas com os melhores recordes pessoais entre todas as inscritas, com uma diferença para toda a concorrência que no caso das duas primeiras é enorme.

Lashmanova tem este ano um registo de 43.10 m aos 10 km, precisamente a marca com que em 21 de Maio venceu os 10 km juniores femininos da Taça da Europa de Olhão. É também do ano em curso o resultado de 43.41 m alcançado em Sóchi, a 21 de Fevereiro.

Melhor ainda é a credencial apresentada pela compatriota Svetlana Vasilyeva. Apesar de derrotada em Olhão, onde fez 44.02 m, tem este ano um registo pessoal de 42.43 m obtido em Sóchi e que constitui recorde pessoal. Veremos se as duas melhores russas mantêm em Tallinn a ordem relativa por que terminaram a Taça da Europa ou se Vasilyeva reserva uma prenda de aniversário para se oferecer a si própria no próximo domingo, 24 de Julho, dia em que cumpre 19 anos.

Menos espectacular é a marca de Anna Ermina, que se apresenta na Estónia com um recorde pessoal de 46.57 m, tempo averbado em Saransk a 12 de Junho, durante os Campeonatos da Rússia de Marcha em estrada. Júnior de primeiro ano, Ermina não deixa, ainda assim, de estar «à frente» das não russas destes europeus. Entre elas, avultam os nomes da alemã Charlyne Czychy (47.06,20) e da espanhola Paula Martínez (47.55,16), as únicas com marcas abaixo dos 48 minutos.

Do lote de 23 atletas inscritas faz parte a portuguesa Sandra Monteiro, cujo recorde pessoal de 50.17,40 m obtido em Guimarães a 2 de Julho a posiciona no segundo terço de uma lista de resultados que se poderia compor com os máximos pessoais das participantes. Em Tallinn, a atleta do Benfica tem mesmo uma excelente oportunidade para pela primeira vez baixar dos 50 minutos nos 10 mil metros marcha. Atletas de valor semelhante não lhe faltarão, sendo exemplos a polaca Natalia Plominska (50.09) e a lituana Agné Klebauskaité (50.03)

Ausência notada destes 10 mil metros marcha femininos será a da nova «estrela» da marcha irlandesa, a ainda juvenil Kate Veale, terceira classificada na Taça da Europa de Maio passado. O seu país vai fazer-se representar pelas duas colegas que com ela competiram em Olhão: Maeve Curley e Emma Prendiville.

A prova feminina de marcha dos europeus de juniores tem transmissão directa via internet através da página da AEA (http://www.european-athletics.org), dia 21, a partir das 7h30. Esta transmissão está já confirmada, ao contrário do que tinha sucedido com os europeus de sub-23 da passada semana, cuja transmissão foi anunciada no geral mas sem aviso de não inclusão das provas de marcha do plano de emissões.